quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Gole de noite clara

com o espírito da noite
toda tenra noite
eu bebo um gole de sanidade

bebo aquele curto gole
de conhecimentos curtos
de experiências curtas
personalidades curtas

sim, é fato que a noite chama
toda curta noite chama
para um gole de sanidade

que se foda a melancolia
que se dane a promiscuidade
toda noite insana
quer um pouco de brevidade

de toda noite clara
eu tenho parte de uma metade
e se toda sanidade é curta
que se curta toda sanidade

que se parta o que não for inteiro
que se inteire o que não for metade
eu quem transformo o cerne do tormento
e o converto em fogo de caridade
com o espírito do sentimento
eu bebo um gole de brevidade

niquiti://nascimento.andre.luis.do/marizebarros:?16.09.2008

2 comentários:

André D'Abô disse...

oi Andre,
lindo poema. "que se parta o que não for inteiro / que se inteire o que não for metade" são dois dos seus versos mais bonitos que já li. E olha que sou conhecidor da sua poesia de longa data, desde "alguns anos agora". Fiquei muito feliz em ver seu blog. Acho que é uma maneira muito bacana de cotidianizar a poesia. Penso também em fazer um blog e quero colaborar constantemente com o seu. Grande abraço meu irmão.

Anônimo disse...

Oi meu bem, gostei muito do seu blog principalmente deste poema..você sabe que eu adimiro muito tudo que você escreve, mesmo tendo lido apenas alguns dos seus poemas!!
Bom somente concluo uma coisa: tenho um namorado muito foda!!rsrsrsrs...

beijos!!