li-nos
E inda das bocas unidas resta-se a estranheza,
E inda das bocas unidas resta-se o silêncio
após o beijo...
E inda das bocas unidas resta-se a história,
E inda das bocas unidas resta-se o passado,
E inda das bocas unidas resta-se um elo...
E inda das bocas...
resta-se os lábios,
hoje secos.
Não mais nessas bocas vejo reticências...
Sobram-se pequenos desentendimentos,
Sobram-se curtos contra-argumentos,
Sobram-se agora os ois e tchaus,
se restam...
Deus, que triste adeus...
Quisera eu que essas (belas) bocas unidas
Continuassem a beijar-se eternamente...
Mas inda das bocas unidas resta-se os olhos,
Que se abrem após o beijo e se cruzam,
Numa calma despedida quase brusca,
Mas se fecham, tentando despistar.
icarai, fevereiro, 1999, inspirado na obra do poetinha
2 comentários:
desse eu já era fã... lindo!
obra do poetinha...tao pequeno,o poetinha...
muito bom, andré..adorei.
beijao
Adhara
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